27 de ago. de 2016

Cintilante derradeiro

Espera-se por um novo amanhã
Depois da batalha no afã
Numa eterna vã procura
Pela cura da loucura

Amanhece e, às vezes, se esquece
Que o que engrandece não perece
Com o tempo quando há verdade
Sem necessidade de vaidade.

Em meio ao devaneio, o anseio
Mostra-se feio ao que veio
Se não para o delírio frio
De mais um escuro sombrio.

E outra vez resta a espera
Eterna pelo grito altivo da fera
Presa onde jaz o brio perdido
Num trôpego caminhar caído.

E donde há de raiar novo lume
Pra chegar incólume ao cume?
Quantas quedas? Quantas pedras
Te jogarão nas feridas?

É chegada a hora d' aurora
Um novo mundo espera lá fora
E aflora um novo desejo
Do benfazejo no próximo lampejo.

Neil Silveira 10.08.2016

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